terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O mundo é dos BRICs

BRICs é uma maneira simplificada de se definir alguns países emergentes e com grande destaque na economia internacional e de maior possibilidade de destaque nos níveis de desenvolvimento dos grandes países industrializados.

BRICs compreende o BRASIL, a RUSSIA, a INDIA e a CHINA. Esses quatro países caracterizam-se principalmente por terem grandes dimensões geográficas, demográficas e econômicas. Nada mais!

Embora tenham os mesmos objetivos comuns em procurar maior integração na economia mundial, utilizando os caminhos da expansão do comércio, bens e serviços, aproveitando e utilizando os modernos processos da globalização, é latente as grandes diferenças e divergências desses países de expostos e opostos meios, tanto culturais, sociais, políticos e hierárquicos.

Nessa corrida para alcançar seus objetivos, a China criou uma enorme Zona Franca e atraiu centenas de bilhões de dólares em investimentos das maiores empresas multinacionais, abrindo um grande espaço junto ao comércio internacional, ao passo que a India especializou-se na área dos serviços de informática, da mesma forma atraindo um grande interesse mundial para esses serviços.

Essa vantagem conquistada junto ao mercado internacional tem explicações claras e transparentes, representada pelos baixos custos da mão-de-obra, aliada a um notável desenvolvimento tecnológico gerado na área da Educação, com base na destacada qualidade de suas Universidades.

Bem diferente do que acontece no Brasil, quando o nosso sistema educacional privilegia os menos estudiosos, concedendo direitos de superarem seus anos escolares através de benesses dos responsáveis pelo exercício da educação. As últimas estatísticas mundiais, as atrapalhadas das últimas provas do Enem e os últimos resultados da prova da OAB, demonstram o atraso em que nos encontramos na área da Educação. Que o digam os nossos desprestigiados professores!

Porém há um entrave nas discussões dos Brics quando, intelectuais anticapitalistas e de esquerda, entendem que seja necessário extirpar de seu meio o dólar americano como padrão monetário, pretendendo que o controle da transação seja efetuado pelas moedas nacionais ou regionais.

É importante salientar que o dólar americano como moeda internacional, ao longo de anos e décadas, nasceu natural e espontaneamente em razão da dimensão e liderança econômica dos Estados Unidos, tomando como sustentação o seu sistema liberal, de sua estrutura industrial e econômica e principalmente da confiabilidade e responsabilidade de seu sistema jurídico, perante todos os demais países.

Isto não significa, porém que os Estados Unidos não cometam erros em sua política externa, mostrando sempre excesso em interferências, quase sempre reprovadas pelas demais nações. Nasce aí a ideia da esquerda festiva que considera ser melhor desprestigiar e destronar o dólar americano.

Certamente seguir por esse caminho e tentar substituir o dólar americano por outra moeda de troca será, no atual contexto mundial e econômico, um grande retrocesso, pois não se trata de uma visão nacionalista, mas de racionalidade econômica.

Se levarmos em consideração a potencialidade geográfica de cada um dos países que integram os BRICs, entendemos a sua importância para a economia mundial, mas, por enquanto, suas ações, objetivos e alvos são tomados isoladamente, cada um por sí, pois seus interesses são diferentes e até opostos.

Seria muito interessante para os quatro países se pudessem formar um relacionamento mais uniforme em suas ações, com a troca profissional em estreitar os interesses, buscar caminhos que se encontrem, direcionando-os para um mesmo objetivo, analisando suas condições internas com possibilidades de trocas positivas externas, pois dessa forma estariam criando , inclusive, um mundo melhor, servindo à humanidade e proporcionando a felicidade interna de seus povos.

Pode ser um sonho, de quem deseja ver um mundo melhor, onde cada um possa contribuir, só um pouquinho, com a felicidade do outro.

BRICs é um nome bonitinho, que poderia transformar-se num belo exemplo de comportamento em busca da felicidade e paz mundial.

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