Os fatos lamentáveis ocorridos na Vila RJ continuam nos motivando a refletir nas conseqüências desastrosas de uma mente desiquilibrada e perversa.
O ato em si demonstra uma total insanidade de um individuo sem o mínimo de respeito à vida humana, principalmente quando seu alvo foi um grupo de jovens estudantes e, sabe-se lá porque, escolheu as do sexo feminino.
Após a agressão violenta, entendemos que nenhuma medida poderia ser tomada com antecedência para coibir o seu triste fim; idênticas situações têm ocorrido no mundo, principalmente no considerado mundo civilizado, sendo fruto de um desiquilibrio emocional e psiquiátrico de proporções inimagináveis.
Porém o que me faz refletir sobre o comportamento de nossa sociedade, numa reflexão paralela e que me causa muito mais indignação é o crime ocorrido em Cunha, onde um infeliz cidadão, sentindo-se relegado em seus sentimentos, resolve por fim a vida de duas irmãs. Até aí, o fato poderia ser encarado como mais um ato de desatino e de loucura.
O que mais nos leva a reflexão e indignação é tomarmos conhecimento que a este cidadão, estando preso e recluso por vários crimes cometidos, foi concedido por um determinado Juiz de Direito os benefícios de passar a Páscoa com sua querida família e não tendo retornado ao presídio.
Mais pasmado ainda quando isto ocorreu, segundo a imprensa, há mais de dois anos e, em todo este tempo, permaneceu na casa de seus pais, cujo endereço todos tinham conhecimento: Juiz de Direito, Policia, Justiça, etc.
Este não é um fato isolado, de pessoas reclusas que são beneficiados com indulto em datas especiais e que não retornam às suas celas prisionais e a cada vez que isto ocorre, somos informados pela imprensa dos delitos cometidos. Existem casos em que o cidadão solto é preso após duas horas de liberdade por ter cometido um novo crime ou delito.
Se todos nós sabemos disso, porque os magistrados não alteram esse tipo de decisão ou comportamento, com um comprometimento com a sociedade, acima das leis ou costumes da sociedade.
Se todos nós, pessoas responsáveis da sociedade que estamos comprometidos com o seu bem estar e progresso, temos por obrigação moral ser responsável pelos atos que tomamos, seja profissional, seja no recolhimento de nossos tributos, seja no compromisso e respeito aos concidadãos, etc., etc., etc., de quem será a responsabilidade dos atos das pessoas que estavam presas e, por decisão superior, foram colocadas em liberdade provisória e praticam delitos?
Atualmente a impunidade está sendo analisada e discutida plenamente pela sociedade e o fruto da indignação repousa no fato de que na cadeia de responsabilidades também devem estar incluídos os que são encadeadores de todo o processo dos delitos.
O fim desse processo nós já conhecemos, o meio também sabemos como se processa, então está na hora de discutirmos como isso se inicia e quem são realmente os responsáveis.
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